sexta-feira, 20 de maio de 2016

Doenças causadas por protozoários

Doenças Causadas por Protozoários

Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãos do sistema genital e os sistema linfático também costituem locais em que os parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo de vida, considera-se como hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se reproduz sexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se reproduz assexuadamente.Quase sempre o homem atua como hospedeiro definitivo; na malária, no entando, a reprodução sexuada dos parasitas ocorre nos pernilongos que são, então, considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.


Malaria 

A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.


Amebíase    

Existem várias espécies de amebas que podem ser encontradas no Homem e entre elas a Entamoeba histolytica e a Entamoeba coli. A única espécie patogênica, em determinadas condições, é a E. histolyticaembora em um grande número de casos viva como comensal no intestino grosso. A E. histolytica tem ampla distribuição geográfica, sendo encontrada praticamente em todos os países do mundo. Aflinge, de um modo geral, 10% da população mundial. SINTOMAS: Os sintomas mais comuns da amebíase são: disenteria aguda com muco e sangue nas fezes; náuseas; vômitos e cólicas intestinais. Em certos indivíduos no entanto, pode ser assintomática. Existem casos em que a ameba pode passar a parasitar outras regiões do organismo causando lesões no fígado, pulmões e mais raramente no cérebro.


                                                           Doença de Chagas

É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz. Sintomas: Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.
Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.
Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Fungos

Os fungos são organismos eucariotas (constituídos por  dotadas de núcleo),microscópio ou não, que não se reúnem para formar tecidos verdadeiros. Incluem as leveduras, os bolores e os mofos, bem como os cogumelos. Constituem um reino de seres separados das plantas, animais e bactérias. As paredes celulares dos fungos contêm quitina, ao invés da celulose das células vegetais. Tampouco têm clorofila e por isso não produzem seu próprio alimento, sendo obrigados a absorvê-lo do ambiente. Os fungos se nutrem de matéria orgânica viva ou morta que digerem através de exoenzimas que secretam. Estudos genéticos mostram que eles estão biologicamente mais próximos dos animais do que das plantas. Grande parte dos fungos é simbionte ou parasita de plantas, insetos, animais ou outros fungos. Os fungos podem se tornar visíveis quando formam cogumelos ou bolores. Desempenham um papel essencial na decomposição da matéria orgânica, muitos têm importantes papeis sendo utilizados como alimentos, como agentes na fabricação do pão e de vários outros produtos alimentares (vinho, cerveja, molhos, etc.), como agentes biológicos no controle de pragas agrícolas, como enzimas, antibióticos, vitaminas, como drogas anticancerígenas e redutoras do colesterol, etc. Outros são comestíveis, embora haja algumas espécies que são venenosas para os humanos, com toxicidade que pode ir desde problemas digestivos ligeiros até a morte. Alguns fungos aderidos a plantas têm efeitos psocotrópicos e alucinógenos e são utilizados em rituais religiosos. Outros são patogênicos para animais e plantas e causam grandes perdas nas colheitas, devido às doenças ou à deterioração de alimentos que causam. Diante de um fungo cujo efeito não se conhece, melhor evitá-lo.  

Doenças causadas pelos fungos no homem
Os fungos podem causar infecções no homem, chamadas micoses, e podem também causar doenças em outros animais, nas plantas e nas bactérias.

Entre as doenças humanas, destacam-se: As frieiras, que surgem nas regiões úmidas do corpo, como as virilhas e entre os dedos dos pés e mãos. Elas se manifestam como fissuras, descamações ou feridas. A impingem é uma micose que ataca a pele e se caracteriza por formar lesões arredondadas com bordas vermelhas. As unhas também são suscetíveis a infecções por fungos. Essas micoses se apresentam como manchas brancas e podem deformar as unhas  (onicomicoses). Existe um tipo de micose chamada pano branco, que forma manchas claras principalmente na região do tronco, rosto,pescoço e braços. A candidíase (micose causada pelo fungo Candida albicans) causa muita coceira e vermelhidão na área afetada. O sapinho, que comumente ocorre nas mucosas dos bebês, também é causado por fungos. Os fungos podem também atacar órgãos internos dos seres humanos, como os pulmões, por exemplo, onde causam a histoplasmose. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Bactérias


Bactérias


Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas raízes dentro de pequenos caroços, em seu crescimento através da substância química que estas bactérias produzem. 

No solo existem bactérias que podem ser benéficas de várias maneiras, uma delas é ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento às novas plantas. Entretanto, há certas bactérias que são daninhas aos vegetais prejudicando-os a ponto de destruí-los. 

No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas através do uso de antibióticos, que, quando usados conforme orientação médica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a saúde. Caso contrário, elas aumentarão rapidamente ampliando o número de colônias. Em muitos casos, elas podem ser transferidas de pessoas para pessoas.


Causas 



Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis.

Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra).

Difteria: provocada pelo bacilo diftérico.

Coqueluche: causada pela bactéria Bordetella pertussis.

Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.

Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes.

Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).

Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans.

Tracoma: provocada pela Chlamydia trachomatis.

Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae).

Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum.

Meningite meningocócica: causada por uma bactéria chamada de meningococo.

Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae , o vibrião colérico.

Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi.







quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Engenharia Genética

Engenharia genética e modificação genética são termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste.

Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do DNA num ser vivo, geralmente para exprimir um gene. O objetivo é introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.

Exemplos: são a produção de insulina humana através do uso modificado de bactérias e da produção de novos tipos de ratos como o OncoMouse (rato cancro) para pesquisa, através de re-estruturamento genético. Já que uma proteína é codificada por um segmento específico de ADN chamado gene, versões futuras podem ser modificadas mudando o ADN de um gene. Uma maneira de o fazer é isolando o pedaço de ADN contendo o gene, cortando-o com precisão, e reintroduzindo o gene em um segmento de ADN diferente.





A engenharia genética oferece a partir do estudo e manuseio bio-molecular (também chamado de processo biológico e molécular), a obtenção de materiais orgânicos sintéticos. Os processos de indução da modificação genética permitiram que a estrutura de sequências de bases completas de DNA fossem decifradas, portanto facilitando a clonagem de genes.

Com a divulgação recente em quase todos os meios de comunicação dos primeiros resultados do Projeto Genoma Humano e o grande interesse sobre os transgênicos, a engenharia genética passou a ser alvo de atenção como ciência moderna. Mas, há séculos a humanidade vem fazendo o cruzamento de plantas e animais com a finalidade de melhorá-los para sua utilização e consumo. No fundo tratam-se de experiências genéticas feitas de maneira rudimentar, mas atualmente com o deasenvolvimento da biotecnologia, a melhora genética passou a ser feita de forma cientifica, através de técnicas desenvolvidas por uma nova ciência integrante da biotecnologia conhecida como engenharia genética.

O que faz:
Através desta nova ciência é possível a manipulação do DNA, ou seja, do ácido desoxirribonuclético que existe nas células dos seres vivos e assim recombinar genes, alterando-os, trocando-os ou adicionando genes de diferentes origens e criando novas formas de vida. A engenharia genética possibilita:
  - Mapear o sequenciamento do genoma das espécies animais, incluindo o ser humano (Genoma Humano) e dos vegetais; 
  - A criação de seres clonados (copiados);
  - Desenvolver a terapia genética;
  - Produzir seres transgênicos.


Estas novas possibilidades no campo da genética passaram a preocupar governos e grande parte das sociedades envolvidas, pois se o processo for mal direcionado poderá prejudicar o patrimônio genético, inclusive irremediavelmente. Por este motivo já há previsão legal tutelando as atividades desta nova ciência.

 Conclusão:

O patrimônio genético poderá estar comprometido se não houver na engenharia genética uma manipulação ou utilização consciente, sadia, correta, legal e ética dos recursos que o compõem. Por isso a comunidade científica, o Poder Público e os cidadãos conscientes devem ficar atentos e fiscalizar a aplicação das novas técnicas da engenharia genética, seus resultados e produtos, bem conhecer os termos de sua tutela jurídica e utilizar dos mecanismos legais de proteção através da ação civil pública, em se constatando cientificamente perigo ou dano ao meio ambiente. Aí pode ter aplicação um dos mais importantes princípios do direito ambiental: o princípio da precaução.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O que é DNA e RNA:
DNA RNA são siglas de substâncias químicas envolvidas na transmissão decaracteres hereditários e na produção de proteínas compostas, que são o principal constituinte dos seres vivos; são ácidos nucleicos encontrados em todas as células humanas.
De acordo com a biologia, o DNA faz o RNA, que faz proteína (embora existam exceções como os retro vírus, por exemplo, o vírus da Aids). A informação contida no DNA, está registrada na sequência de suas bases na cadeia, que indica outra sequência, a de aminoácidos substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto dessas proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNA mensageiro. O código genético, está no DNA, no núcleo das células, já as proteínas ficam no citoplasma celular, para onde se dirige o RNA mensageiro.
DNA
DNA é uma molécula formada por duas cadeias na forma de uma dupla hélice, que são constituídas por um açúcar, um grupo fosfato e uma base nitrogenada. A dupla hélice é um fator essencial na replicação do DNA durante a divisão celular, onde cada hélice serve de molde para outra nova.
RNA
RNA é a sigla para ácido ribonucleico (RNA), que é uma molécula também formada por um açúcar, um grupo fosfato e uma base nitrogenada. O RNA é o responsável pela síntese de proteínas da célula, são geralmente formados em cadeia simples, que podem, por vezes, ser dobrados.
Diferenças entre DNA e RNA
Na célula, o DNA é encontrado no núcleo, e o RNA é produzido no núcleo mas migra para o citoplasma.
A nível da pentose (o monossacarídeo estrutural que está presente no nucleotídeo), no RNA existe a ribose e no DNA a desoxirribose.
Outra diferença entre DNA e RNA se encontra nas suas estruturas. Quanto ao número de fitas, normalmente o RNA apresenta uma hélice simples, enquanto o DNA tem uma dupla-hélice.
Relativamente ao pareamento das bases nitrogenadas, tanto no RNA como no DNA a citosina se pareia com guanina. A diferença é que no RNA a adenina se pareia com a uracila e no DNA a adenina se pareia com a timina.



                    
Sintese de proteinas

A síntese, ou tradução protéica, é um processo que requer um filamento de RNA mensageiro (RNAm), RNA´s transportadores e subunidades ribossômicas. As subunidades ribossômicas associam-se ao RNAm, formando o Polirribossoma, estrutura composta de uma fita de RNAm e cerca de 15 ribossomos aderidos, que possibilita a síntese de um grande número de moléculas protéicas ao mesmo tempo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Anomalias Genéticas

Síndrome de Proteus
O crescimento excessivo do tecido que caracteriza a síndrome de Proteus é progressiva. Ele também tende a afetar alguns tecidos e outros não. Isso pode resultar em crescimento assimétrico do organismo, como o crânio, os ossos, coluna, mãos, pés e dedos. Síndrome de Proteus muitas vezes resulta em crescimento excessivo de um lado do corpo e não o outro.Os tumores benignos na superfície da pele ou dentro do corpo também podem ocorrer. Raised manchas marrons na pele e um crescimento excessivo dos tecidos na sola dos pés ou das palmas das mãos são comuns. Os tipos de tecidos e órgãos que são afetados ea gravidade dos efeitos variam de pessoa para pessoa e no curso de uma vida. A síndrome de Proteus é associado às vezes com atraso mental.


Fibrodisplasia ossificante progressiva
A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é uma doença genética rara, que faz com que o corpo crie ossos no interior dos músculos, tendões e ligamentos, impossibilitando os movimentos. Ainda não existe cura e nem tratamento. É como se a pessoa ficasse aprisionada dentro de um outro esqueleto e, aos 20 anos de idade, a maioria já está dependente de uma cadeira de rodas ou de uma cama. O pior de tudo isso é que 80% dos casos ainda não são diagnosticados de forma correta, sendo confundidos com câncer. O tratamento errado piora a situação dos pacientes. No Brasil, existem hoje 54 pessoas com o problema, sendo uma no Paraná.A FOP é uma doença ainda pouco conhecida no país. Em 1999, ela começou a ser divulgada pela Associação Brasileira de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FopBrasil). Ela traz muitas limitações a seus pacientes. Durante a infância, começam a aparecer os primeiros ossos que são iguais aos demais que formam o corpo, o problema é que nascem em lugares onde não deveriam existir. A presidente da FopBrasil, Patrícia Delai, explica que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações para o paciente. No entanto, segundo um estudo feito nos Estados Unidos, a porcentagem de erro de diagnóstico da doença é de 80%. “Por ser rara, muitos médicos não associam os sintomas à FOP, que é normalmente confundida com câncer”, diz.A doença pode ser diagnostica logo após o nascimento. O bebê apresenta dedos mais curtos do que o normal e curvados para dentro, semelhantes ao popular “joanete” adulto. Mas só observação clínica não é definitiva, sendo necessária a realização de outros exames.Em cada paciente a doença se manifesta de forma diferente, mas normalmente o aparecimento dos “ossos extras” segue o mesmo caminho. Começam prejudicando os movimentos do pescoço, coluna e ombros, antes de se desenvolver nos cotovelos, costelas e joelhos. Os músculos do diafragma, língua, olhos, face e coração são caracteristicamente poupados. Antes do aparecimento dos “ossos extras”, surgem inchaços pelo corpo. Essas protuberâncias são macias, muitas vezes dolorosas e podem ser quentes ao toque. Com o tempo, algumas desaparecem, mas outras se calcificam, dando origem aos ossos. A FOP atinge uma em cada dois milhões de pessoas.


Gêmeo Parasita (Fetus in Fetus)
Esta anomalia poderia ser dizer que é um exacerbo do caso dos gêmeos xipófagos (siameses). Neste caso, é considerada uma anomalia “fetus in fetu“, quando um gêmeo malformado é encontrado dentro do corpo de um gêmeo hospedeiro, seja uma criança ou um adulto vivo.Isso mesmo, os gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma região do corpo. Um destes gêmeos cresce, se desenvolve “normalmente”, enquanto o outro se atrofia e se aloja no interior do gêmeo sadio e passa a depender completamente dele.De acordo com a literatura especializada, quando o feto hospedeiro consegue sobreviver ao parto, este fica com uma protuberância, como se fosse um inchaço na região onde está feto parasita. Cerca de 80% dos casos ocorrem com o parasita alojado na região abdominal. Quando nasce uma criança (ou um adulto passa por exames específicos), podem ser escontradas no abdomen massas contendo ossos, cartilagem, dentes, tecido do sistema nervoso central, gordura e músculo denominadas ‘teratomas’. Mas só serão consideradas como fetus in fetu caso haja um tronco e membros reconhecidos.Embora seja difícil saber a taxa exata de incidência, já que os casos podem passar despercebidos durante longos períodos, acredita-se que o fetus in fetu ocorre a cada grupo de 500 mil nascimentos, e muitas vezes passam desapercebidos sem serem diagnosticados.



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Tipos Sanguíneos

                                                     Sistema ABO

  No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.
  Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
  Indivíduos do grupo A não podem doar sangue para indivíduos do grupo B, porque as hemácias A, ao entrarem na corrente sanguínea do receptor B, são imediatamente aglutinadas pelo anti-A nele presente. A recíproca é verdadeira: indivíduos do grupo B não podem doar sangue para indivíduos do grupo A. Tampouco indivíduos A, B ou AB podem doar sangue para indivíduos O, uma vez que estes têm aglutininas anti-A e anti-B, que aglutinam as hemácias portadoras de aglutinogênios A e B ou de ambos.
   Indivíduos do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa, porque não possuem aglutinogênios A e B em suas hemácias. Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber qualquer tipo de sangue, porque não possuem aglutininas no plasma. Por isso, indivíduos do grupo O são chamadas de doadores universais, enquanto os do tipo AB são receptores universais.


                                                   Fator RH

  Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator.
   Uma doença provocada pelo fator Rh é a eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, caracterizada pela destruição das hemácias do feto ou do recém-nascido. As conseqüências desta doença são graves, podendo levar a criança à morte.Durante a gestação ocorre passagem, através da placenta, apenas de  plasma da mãe para o filho e vice-versa devido à chamada barreira hemato-placentária. Pode ocorrer, entretanto, acidentes vasculares na placenta, o que permite a  passagem de hemácias do feto para a circulação materna. Nos casos em que o feto possui sangue  fator rh positivo os antígenos existentes em suas hemácias estimularão o sistema imune materno a produzir anticorpos anti-Rh que ficarão no plasma materno e podem, por serem da classe IgG, passar pela BHP provocando lise nas hemácias fetais. A  produção de anticorpos obedece a uma cascata de eventos (ver imunidade humoral) e por isto a produção de anticorpos é lenta e  a quantidade pequena num primeiro. A partir da segunda gestação, ou após a sensibilização por transfusão sanguínea, se o filho é Rh + novamente, o organismo materno já conterá anticorpos para aquele antígeno e o feto poderá desenvolver a DHPN ou  eritroblastose fetal. Após o nascimento da criança toma-se medida profilática  injetando, na mãe Rh- , soro contendo anti Rh. A  aplicação logo após o parto, destrói as hemácias fetais que possam ter passado pela placenta no nascimento ou antes. Evita-se , assim, a produção de anticorpos “zerando o placar de contagem”. Cada vez que um concepto nascer e for Rh+ deve-se fazer nova aplicação pois novos anticorpos serão formados.